domingo, 13 de outubro de 2013

Resultados do Bloco nas eleições autárquicas de 2013

Com 99,97% dos votos contados e 9 freguesias por apurar, o Bloco de Esquerda obteve 2, 42% dos votos para as Câmaras Municipais, 3,16% para as Assembleias Municipais e 2,31% para as Assembleias de Freguesia. Com estes resultados o Bloco elegeu um total de 8 vereadores, 100 deputados municipais e 138 membros para as assembleias de freguesia. Num total de 8 vereadores, 2 são em concelhos em que o Bloco nunca tinha tido elegido qualquer representação na Câmara. Em Torres Novas, foi eleita a deputada Helena Pinto e em Portimão, o dirigente nacional e destacado ativista da luta contra as portagens na Via do Infante, João Vasconcelos. Os restantes 6 foram eleitos em Salvaterra de Magos (2), onde o Bloco perdeu a Câmara, Entroncamento (1), Seixal (1), Moita (1) e Olhão (1). Em 2009, o Bloco de Esquerda tinha obtido 3,02% para as Câmaras Municipais ( 9 vereadores: 4 em Salvaterra de Magos, mais Entroncamento, Almada, Moita, Seixal e Olhão), 4,18% para as Assembleias Municipais (139 deputados) e 2,96% para as Assembleias de Freguesia (235 eleitos). Listas independentes e coligação no Funchal obtêm resultados importantes A coligação “Mudança”, encabeçada por Paulo Cafôfo e integrada pelo Bloco de Esquerda, obteve um resultado histórico ao vencer a principal autarquia da região autónoma da Madeira, impondo uma pesada derrota ao jardinismo. O mesmo se sucedeu em Santa Cruz, onde uma lista independente, apoiada pelo Bloco, obteve uma expressiva maioria absoluta com 64,42% dos votos. A lista independente, “Cidadãos por Coimbra”, apoiada pelo Bloco de Esquerda, conseguiu eleger José Augusto Ferreira vereador, 4 deputados municipais e 14 membros para as Assembleias de Freguesia. Em Braga, a lista “Cidadania em Movimento” obteve 5,32% para a Câmara Municipal. Apesar de não ter conseguido eleger nenhum vereador, com 7, 09% elegeu dois deputados municipais e 29 membros para as Assembleias de Freguesia.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

domingo, 22 de setembro de 2013

Bloco de Esquerda – Barreiro defende qualificação de alojamentos Cerca de 300 pessoas no concelho não têm instalações sanitárias

Os candidatos do Bloco de Esquerda às Autarquias Locais no Barreiro, consideram – “ prioritário qualificar os alojamentos de pessoas, que ainda não têm instalações sanitárias no interior das habitações. Os últimos dados oficiais, referem que existem cerca de 300 pessoas nesta situação.”

Barreiro Autárquicas 2013

HIGIENE URBANA E AMBIENTE PASSAM PELA REABILITAÇÃO
A Candidatura Autárquica do Bloco de Esquerda no Barreiro, considera prioritário qualificar os alojamentos de pessoas, que ainda não têm instalações sanitárias no interior das habitações. Os últimos dados oficiais, referem que existem cerca de 300 pessoas nesta situação.
Nesse esforço de reabilitação, inclui-se também o “casco antigo das freguesias com maior proporção de edifícios muito degradados”.
Estas medidas podiam ser acompanhadas de outras de âmbito mais geral nos domínios do património e do ambiente. O Bloco aponta para a criação de um Plano de valorização das zonas ribeirinhas, actividades náuticas e portuárias. Esta proposta podia contribuir para a criação de um “polo de referência para a prática desportiva nas modalidades de remo, canoagem e pesca”.
O BE propõe-se melhorar as condições de higiene e limpeza na cidade, que constituem actualmente motivo de forte insatisfação da população.
Eficiência energética e reciclagem são outras das propostas contidas no programa do Bloco para o Barreiro, que considera que a autarquia devia começar por dar o exemplo, no domínio da sustentabilidade ambiental.
Entre os Compromissos assumidos pela Candidatura Autárquica, estão também as acessibilidades e a mobilidade a serviços, equipamentos e espaços públicos para todos os cidadãos. O BE nota que o Barreiro é o 2º Concelho menos acessível e envelhecido da Área Metropolitana de Lisboa.
Daí a necessidade de se criar um plano de apoio, não apenas à eliminação de barreiras no espaço público, mas também dentro dos edifícios.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Louçã transmite a PR preocupações com a justiça na economia

Francisco Louçã foi recebido nesta Sexta feira pelo Presidente da República, a quem transmitiu as preocupações do Bloco de Esquerda com a crise que se vive. "Questões como a transparência fiscal, o combate à corrupção, tudo o que é o princípio elementar da decência na economia, são questões sempre na agenda do Bloco de Esquerda", salientou Louçã nas declarações à comunicação social.

O coordenador do Bloco de Esquerda reuniu com o Presidente da República (PR), Cavaco Silva, durante mais de uma hora.

"Transmiti as nossas preocupações acerca da dificuldade da crise que se vive, com todas as implicações que tem", declarou Louçã à saída do encontro com Cavaco Silva.

O coordenador do Bloco de Esquerda não revelou os detalhes da conversa com o PR, dizendo que foram abordadas as dificuldades do país. Questionado pelos jornalistas, disse também que não foram discutidos "cenários de governação", sublinhando a disponibilidade do Bloco de Esquerda para contribuir para "soluções essenciais onde é preciso que haja coragem", nomeadamente nas questões políticas, económicas e sociais, na segurança social e no desemprego.

"Aí é preciso inventar soluções novas e ter ousadia de combater a desigualdade social", destacou.

Antes do encontro com Cavaco Silva, durante uma arruada em Lisboa com Luís Fazenda, Francisco Louçã tinha dito: "Um dos problemas importantes para o país, que naturalmente não deixarei de referir ao Presidente da República, como o faço perante o país inteiro, é que Portugal precisa de ter regras no combate à corrupção".

Sobre o caso dos submarinos, referiu então que o país "tem a obrigação de exigir que haja todo o rigor no esclarecimento" sobre o caso, "um entre muitos outros" onde "não se pode permitir" que o Estado seja "atravessado pelas dúvidas ou atravessado pelo favorecimento".

http://www.esquerda.net/index.php?option=com_content&task=view&id=13685&Itemid=27


Programa para um Governo que responda à urgência da crise social

QUATRO ANOS E MEIO DE CONTINUAÇÃO DA DEVASTAÇÃO LIBERAL

Durante quatro anos e meio, o Governo Sócrates dispôs de maioria absoluta: teve todo o poder e usou todo o poder. Os resultados foram mais privatizações, a degradação de serviços públicos, a acentuação das injustiças.

Nestes anos em que uma crise nova agravou a crise antiga, Portugal atinge um máximo histórico de desemprego e de exclusão, num país de pobreza em que a desigualdade é a maior da Europa.

A maioria absoluta reforçou a protecção dos interesses económicos e o rentismo das classes dominantes, habituadas ao privilégio do apoio carinhoso do Estado, à promoção de vantagens para as fortunas, à captação de dinheiros públicos, ao silêncio a respeito das falcatruas. Os escândalos do BCP, do BPN e do BPP revelaram a face escondida desta economia: mais de 4 mil milhões de euros espatifados nos casinos bolsistas, em comissões corruptas em offshores, em contas secretas e mesmo num banco clandestino, em lucros embolsados e numa vertigem de aproveitamento próprio. A regulação liberal conduzida pelo Banco de Portugal e pelos sucessivos governos fechou os olhos e essa é a sua natureza.

Portugal viveu, nestes anos da maioria absoluta do Governo Sócrates, um forte choque social. Esse choque atingiu em primeiro lugar os trabalhadores e as trabalhadoras. Foi alterado o regime da segurança social, com o objectivo de reduzir progressivamente o sistema público de protecção social a uma assistência caritativa, diminuindo o valor das pensões futuras e aumentando a idade da reforma.

Foram impostos o Pacote Laboral e novas regras para os contratos individuais na Função Pública, promovendo a precarização da vida e do trabalho e a prepotência patronal. O resultado é mais de meio milhão de desempregadas e desempregados em 2009, sem contar com aqueles ignorados ou escondidos pela estatística, com um predomínio para o desemprego de longa duração, que se estende entretanto a dezenas de milhares de jovens licenciados. O capitalismo é tóxico: a recessão demonstrou o colapso económico e social de um regime assente em salários baixos, subsídios às impresas, plenos poderes do capital financeiro e corrupção generalizada.

Este choque social provocou uma catástrofe e facilitou o afundamento da economia, mergulhada na mais grave recessão dos últimos 35 anos. O modelo de desenvolvimento liberal tornou-se um pântano. Combater esse pântano é o objectivo do Bloco de Esquerda. O programa de governo que é aqui apresentado demonstra a viabilidade de uma política de esquerda, de um combate pela justiça social e de uma resposta socialista à crise.

Portugal europeu do século XXI, país atrasado e injusto, precisa de um novo ciclo de respostas sociais e este só pode ser criado com a força transformadora de uma política socialista de esquerda. Esse é o objectivo e a razão de ser do Bloco de Esquerda.